terça-feira, 16 de julho de 2013

RIR DO RISO

     Rir do riso dos outros, de alguém... Praticamente nossa alma gargalha quando nos encontramos num risinho alheio! Pode ser riso de vergonha, pode ser riso contido, riso até de tristeza (Nesse abro parênteses, porque tenho uma paixão particular por sorrisos melancólicos, são todos cheios de encantos, de história. Digo que são carregados de vida vivida na carne! A vida dói e em seu paradoxo faz-nos sorrir como antídoto daquilo que ela mesma nos causa. Quem ri com tristeza é mártir das Artes em que acredita). Pode vir de quem a gente gosta, de quem a gente vê todo dia e, às vezes, de quem nunca vimos... 
   Mas a verdade é que quando nossos olhos cruzam com a curva de certos lábios nosso corpo todo sorri junto. Conheci algumas pessoas que riam com as mãos, outras apenas com as sobrancelhas, outras ainda com as pupilas. Também tive minha alma solta a gargalhar quando há tempos atrás conheci uma humana que se sorria inteira. Em dados momentos de nosso breve encontro em um bar, encostava uma mão à outra como se aplaudisse a ela e a Vida, começava a encarar quem a dava tal gracejo guardando a imagem nos olhos e, então, de repente, erguia seus dentes nem brancos nem amarelos ao céu, deixava amostra seu pescoço etéreo e explodia-se de rir. O riso dela era tão bonito que tentei fotografá-lo ao fitá-la! Suspeito que consegui. E me arrisco a dizer também que se não fosse tamanha paralisação para capturar este encanto, eu teria rido junto e mais alto revelando o prazer em contemplar aquele ato. 
     Naquele dia, assim como em muitos outros, minha alegria foi olhar, apenas olhar para um sorriso.


Vamos observar mais as pessoas rirem!
Boa noite de terça-feira!


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